quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A modelo transex Lea T. afirma sofrer bullying diariamente, em desabafo com Marília Gabriela.

Gabi entrevista a modelo transex Lea T.Gabi entrevista a modelo transex Lea T.


A modelo transexual Lea T. é a convidada do próximo domingo (2) do programa "De Frente com Gabi", do SBT.
Na conversa com Marília Gabriela, Lea afirmou que sofre bullying diariamente: "Eu sofro bullying todos os dias. Eu achava que eu era gay, mas ser gay é algo mais sexual. A transexualidade é um gosto. Eu posso ser lésbica e ser transexual", disse a modelo.
Nascido Leandro Cerezo, ela é uma pessoa culta, letrada, formada em artes em Florença e quase formada em veterinária em Milão. Lea foi descoberta pelo diretor de arte da Maison Givenchy, e hoje faz sucesso nas passarelas do Brasil e do mundo. Ela chega ao programa para falar de sua vida, suas dúvidas e certezas, seus desejos para o futuro e até sobre a polêmica cirurgia de mudança de sexo que pretende realizar.
Em outro momento da entrevista, a filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo disse que gay sofre muita discriminação: "O gay sofre muita discriminação, mas a transexual é mais".

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SP lidera denúncias de agressão contra gays, diz estudo


Levantamento da Secretaria de Direitos Humanos mostrou que em 10% dos episódios relatados o agressor foi um amigo

Estadão.com

Desconhecidos e vizinhos são os que mais praticam violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), dentre os casos denunciados ao Disque 100, o Disque Direitos Humanos. A central de atendimento do governo federal foi criada para registrar abusos contra crianças e adolescentes, mas, desde o início do ano, expandiu o serviço para outros grupos, como a população LGBT.

Levantamento da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) - ao qual a reportagem teve acesso e que será divulgado na segunda-feira - aponta que, em 39,2% dos episódios de violação relatados contra a população LGBT, o agressor foi um desconhecido; em 22,9%, vizinhos; e em 10,1%, os próprios amigos.

De janeiro a julho, o Disque 100 recebeu 630 denúncias contra a população LGBT. As vítimas concentram-se na faixa etária de 19 a 24 anos (43%) e de 25 a 30 anos (20%). Os casos mais comuns de violência contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais são os de violência psicológica (44,38%), como ameaça, hostilização e humilhação, e de discriminação (30,55%).

Das vítimas, 83,6% são homossexuais, 10,1%, bissexuais e 4,2%, heterossexuais que sofrem algum tipo de violência ao ser confundidos como gays.

No recorte feito por Estado, São Paulo (18,41%), Bahia (10%), Piauí (8,73%) e Minas Gerais (8,57%) lideram as denúncias - o Rio de Janeiro aparece com apenas 6,03% - por já contar com um serviço semelhante oferecido pelo governo estadual.

"Isso demonstra que a violência de caráter homofóbico tem um forte componente cultural, é a mais difícil de ser enfrentada porque é justamente a que não fica comprovada por marcas no corpo", disse a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dignidade e liberdade ! O presidente Barack Obama defende os direitos LGBT, durante discurso na ONU.



Obama defendeu os direitos gays durante seu discurso na ONU.Obama defendeu os direitos gays durante seu discurso na ONU.


NOVA YORK - Na manhã de ontem (21), a presidenta Dilma Roussef fez a abertura da "66ª Assembleia Geral da ONU". O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também discursou.
Ao falar sobre a paz do mundo entre israelenses e palestinos, Obama também pediu que os direitos gays fossem respeitados no mundo inteiro.
Nenhum país deve negar às pessoas os seus direitos por causa de quem elas gostam. É por isso que devemos defender os direitos dos gays e das lésbicas em todos os lugares do mundo, disse Obama, que completou sua fala dizendo que entende as diferenças culturais entre os países, mas que a paz e o amor são valores comuns.
Eu sei que não há nenhuma linha reta para o progresso, não há caminho único para o sucesso. Nós viemos de diferentes culturas e carregamos conosco histórias diferentes. Mas nunca esqueçamos que, mesmo que com chefes de governos diferentes, compartilhamos as mesmas aspirações básicas: dignidade e liberdade. Viver um tipo de paz que faça a vida valer a pena, discursou Obama.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Jair Bolsonaro recebe moções de repúdio de Niterói, rasga, e sai vaiado da UFF




O deputado Jair Bolsonaro foi hostilizado hoje por universitários, na UFF, em Niterói, RJ, e buscou refúgio em um carro da Polícia Militar. Apesar de seus críticos serem meros estudantes, Bolsonaro recorreu até à companhia de um segurança armado para deixar o local.
O político, famoso por criticar o movimento gay, estava em uma palestra na faculdade de direito. Dois vereadores de Niterói, Renatinho (Psol) e Leonardo Giordano (PT), aproveitaram a oportunidade e foram até lá entregar ao deputado federal duas moções de repúdio aprovadas contra ele, pela Câmara de Vereadores da cidade.Tudo por conta das declarações “homofóbicas e racistas” dadas no programa CQC, da Band.Bolsonaro, sempre polêmico, não titubeou e rasgou as moções.Clima fechou. O deputado saiu do campus sob vaias, protestos e até xingamentos, feitos por dezenas de alunos. Restou-lhe pedir ajuda à PM

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Associação apoiada por Elton John e George Michael lutará pelo combate à homofobia.

Elton John e George Michael, padrinhos da Kaleidoscope, na luta pelo combate à homofobia.Elton John e George Michael, padrinhos da Kaleidoscope, na luta pelo combate à homofobia.


A associação Kaleidoscope, apadrinhada pelos cantores Elton John e George Michael e apoiada pelos três principais partidos britânicos, anunciou nesta terça-feira (13) durante sua apresentação em Londres, seu objetivo de combater o aumento da homofobia ao redor do mundo.
A associação é um projeto internacional com sede na capital britânica, que nasceu após uma série de ataques a minorias sexuais em países subdesenvolvidos, especialmente na África e no Oriente Médio.
Este grupo de peso, que foi apresentado nesta terça-feira no Parlamento britânico, destacou que enquanto na América e na Europa os direitos LGBTs avançam, no resto do mundo o retrocesso é preocupante.
Um dos membros fundadores da associação e primeiro gay que falou publicamente sobre sua sexualidade na Nigéria, Bisi Alimi, explicou que como resultado de seu discurso em uma televisão nacional, foi amarrado e espancado em sua própria casa em Lagos.
Fui obrigado a abandonar meu país. Meu sonho é que outros como eu sejam livres para viverem rodeados do carinho dos amigos e da família, disse Alimi, lembrando que mais de um terço dos países do mundo ainda têm em vigor leis contra LGBTs.
Em janeiro, um ativista em Uganda, David Kato, foi assassinado depois que sua foto apareceu na capa de um jornal, acompanhada de incitações homofóbicas. Na semana passada, três homens foram executados no Irã, por serem homossexuais.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, advertiu em maio que os crimes de ódio contra lésbicas, gays, bissexuais, travesti e transexuais estão aumentando ao redor do mundo.
A nova associação pretende usar "a pressão internacional de maneira efetiva", através do Governo britânico e da União Europeia (UE), para impedir a aprovação de leis homofóbicas.
Uma das maiores preocupações da Kaleidoscope será que os serviços de imigração sejam mais tolerantes com LGBTs que pedem refúgio no Reino Unido, porque correm risco de vida em seus países, disse Lance Price, antigo assessor de imprensa do Governo britânico e um dos fundadores da associação.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, deu as boas-vindas à Kaleidoscope e qualificou de "espantosos" o preconceito e a violência com a qual são tratadas muitas pessoas em alguns países, devido a sua orientação sexual.
Cameron disse que espera que o Reino Unido esteja na vanguarda das reformas e da pressão internacional na luta contra a homofobia.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Homossexualidade: reprimir é negar a essência!

A definição de essência, segundo alguns filósofos, é “aquilo que faz uma coisa ser ela mesma e não outra”. Já a definição de repressão, segundo o dicionário Aurélio, é “ato ou efeito de reprimir (-se), isto é, não deixar que aconteça, ou que prossiga, se manifeste, se movimente, se desenvolva; conter, coibir, refrear. Não fazer ou não completar (gesto, expressão de sentimento); disfarçar. Oprimir. Punir, castigar. Dominar, controlar ou moderar as próprias ações”. Sendo assim, quando alguém se reprime ou é levado a reprimir-se nos aspectos constitutivos do seu ser, essa pessoa estará deixando de ser ela mesma para ser outra. Estará falseando a sua própria realidade enquanto ser, realidade existencial.


Homossexualidade
Homossexualidade


No que concerne à questão da orientação (uso o termo orientação ao invés de opção, por achar que opção é da ordem do fazer e orientação é da ordem do ser) sexual homossexual, contemplo um fenômeno semelhante ao que expus anteriormente.
Quando um homossexual assume-se enquanto homossexual perante ele mesmo ou perante ele e a sociedade, vejo que é o passo inicial para que consiga galgar os demais passos no processo de autoconhecimento. O segundo passo a ser desenvolvido, talvez, seja a atitude de aceitação dessa orientação sexual, isto é, daquilo que faz dele o que ele é, portanto, sua homossexualidade. Com essa aceitação é provável que começará a canalizar, direcionar suas energias, instintos, desejos, vontades e etc. A partir de então dará início a uma nova fase de sua vida sexual ou no processo de descobertas dessa vida sexual, que a meu ver é o terceiro passo o qual chamo de fase da administração daquilo que já assumiu e que já aceitou. Nesse atual estágio da vida e das descobertas, a pessoa transformará o pseudoproblema da homossexualidade numa situação natural (não uso o termo normal para não incorrer no binômio: normal versus patológico) e confortável na sua própria existência (no seu ser) e perante a sociedade como um todo.
Por outro lado, quando alguém que tem uma orientação sexual e desejos homossexuais, mas os nega, em função de uma repressão social ou por um sentimento de auto-repressão, essa pessoa viverá negando algo que é parte constitutiva do seu próprio ser, isto é, que é essencial a sua existência. Ao negar o que é essencial em seu ser, tenderá a construir algumas possibilidades de suprir aquela falta do que é negado por ele mesmo, vivendo, conseqüentemente uma vida que não é dele, ou melhor, vivendo sem ser ele mesmo. Será um “enrustido” ou “viverá no armário”, como é sentenciado pelos homossexuais mais resolvidos, que já se assumiram, aceitaram-se e administram sua homossexualidade de forma tranqüila e salutar.
Portanto, faz-se necessário a partir do momento que uma pessoa entre em contato com os seus desejos mais profundos e perceba uma orientação para a sua homossexualidade, que busque informações a cerca do assunto com profissionais competentes (por competência entendo aqueles que agem guiados pelo conhecimento e pela sabedoria e não pautados no pré-conceito e na opinião) para que o ajude nesse processo de descoberta e desenvolvimento sexual. Essa busca de conhecimento e autoconhecimento deverá se feita através do contato com o saber acumulado de geração em geração (existem ótimas bibliografias) e também através do contato com os próprios sentimentos, pois estas duas diretrizes levarão o homossexual, quase que naturalmente, ao tripé necessário a sua realização pessoal: assumir, aceitar e administrar a sua homossexualidade. E com isso livrando-se da hipocrisia que assola nossa sociedade dita pós-moderna em algumas direções e tão retrógrada em outras, pois força a repressão dos aspectos constitutivos dos seus indivíduos, onde o que vale é a ordem do discurso e o faz-de-conta. E, onde o real e o essencial, muitas vezes, são substituídos por formas artificiais e superficiais de se viver.
Prof. Miguel Gomes (publicado na TVTudo em 2005)

sábado, 3 de setembro de 2011

Um passo à frente!!! Assembleia Legislativa do Pará aprova lei estadual que criminaliza a homofobia.





PARÁ - Foi aprovado ontem (31), por unanimidade, na Assembleia Legislativa do Pará, o Projeto de Lei estadual que pune e proíbe qualquer ato de homofobia. O PL é de autoria da deputada Bernadete Caten (PT-PA).
Ao defender o seu Projeto de Lei, a deputada alegou que vítimas de homofobia sofrem com violência psíquica, física e sexual. Bernadete (foto) disse ainda que a homofobia é uma "doença social" que não deve ser admitida.
Essa casa já aprovou uma outra lei de nossa autoria, que institui o dia 17 de maio como o Dia Estadual da Luta contra a Homofobia. Precisamos aprovar a lei que criminaliza a discriminação contra homossexuais para, mais uma vez, mostrarmos que o Estado do Pará está à frente no caminho da democracia, declarou a deputada.
Agora, o projeto de lei segue para sanção ou veto do governador do Estado do Pará, Simão Jatene (PSDB).